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Mostrando postagens de 2022

PINTANDO COM A TERRA: Cartilha de educação ambiental com solo

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Confira abaixo a cartilha de educação ambiental com solos " PINTANDO COM A TERRA ", criada pela aluna Giulia Parreiral do curso de Geografia - USP. A cartilha ensina não só como confeccionar tintas a partir do solo, mas também apresenta conceitos e informações educativos a respeito da origem, funções e importância do solo para o meio ambiente e para os seres humanos.  Visite: giuliaparreiral.tumblr.com

5 de Dezembro - Dia Mundial do Solo

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Hoje, dia 5 de Dezembro e 2022, é comemorado o Dia Mundial do Solo 💚🌱🌾  Nesse ano, o Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO - UN) escolheu o tema "Solos: onde a alimentação começa" para celebrar o dia de hoje. A FAO divulgou uma série de dados e informações a respeito a importância do recurso solo e de seu bem estar para a alimentação humana.  Mais de 90% de todos os alimentos que ingerimos durante a vida vêm, direta ou indiretamente, do solo. É nesse recurso importantíssimo que as espécies vegetais encontram os nutrientes e dinâmicas essenciais para seu desenvolvimento, assim como os animais encontram também habitat e alimentação.  Sendo assim, é importante compreender que a conservação e proteção do solo, assim como a recuperação de áreas de solo degradado, é essencial para o futuro da humanidade e da biodiversidade no planeta Terra. Em homenagem ao Dia Mundial do Solo, vamos pensar em maneiras de valorizar esse importante recurso através da e

Granulometria do Solo

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A Análise Granulométrica é uma importante ferramenta de análise do solo, pois auxilia na identificação da textura deste, através da definição e classificação dos grânulos que compõem o solo a partir de seus tamanhos. Existem dois tipos de frações granulométrica: as finas (argila, silte e areia), cujo tamanho varia de partículas menores que 0,002 mm até 2 mm; e as grossas (cascalhos, calhaus e matacões), cujo tamanho vai desde partículas maiores que 2 mm até aquelas maiores que 20 cm.  FONTE:  LEPSCH, IGO F. Formação e Conservação dos Solos . 2ª Edição. São Paulo: Oficina de Textos, 2010. p. 39.   Escrito por Marina Kuncevicius Pereira; Supervisão: Déborah de Oliveira 2022.

Desertificação: definições, causas e consequências

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"Desertificação" é o nome dado a um processo de degradação ambiental , no qual biomas e ecossistemas não desérticos tornam-se extremamente áridos, secos e inférteis. Assim, tais áreas acabam perdendo gradualmente sua vegetação devido à degradação do solo, e acabam tornando-se desertos.  Esse fenômeno ocorre, principalmente, devido a práticas predatórias e insustentáveis de uso da terra pelo homem, com destaque para o desmatamento, a poluição dos solos e dos corpos d'água, a superexploração e possível esgotamento de recursos e etc . Ademais, o aquecimento global , acelerado pela atividade humana, também é um fator significativo entre as causas da desertificação, pois pode alterar as dinâmicas climáticas de uma determinada área, afetando todos os seres que nela vivem.  Segundo a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, esse fenômeno já atinge mais de 250 milhões de pessoas ao redor do mundo. Além disso, acredita-se que, se nada for feito para combater es

Nutrientes no Solo

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A presença de nutrientes no solo é essencial para a manutenção de sua fertilidade e, consequentemente, para o desenvolvimento das plantas, que "alimentam-se" desses nutrientes através de diferentes processos como a difusão, o fluxo de massa ou a interceptação radicular. Esses nutrientes consumidos pelas plantas são componentes da chamada "solução do solo" e podem ser classificados em macro e micronutrientes. Os macronutrientes são aqueles necessários em grandes quantidades no solo, sendo que os macronutrientes primários (Nitrogênio, Potássio e Fósforo) são necessários em maiores concentrações que os macronutrientes secundários (Cálcio, Enxofre e Magnésio).  Já os micronutrientes (Boro, Cloro, Cobre, Ferro, Sódio, Molibdênio, Manganês, Níquel, Cobalto e Zinco) são aqueles necessários em menor quantidade em comparação com os macronutrientes. Além disso, existem outros nutrientes cuja presença no solo, embora não essencial, pode ser benéfica, como o Selênio e o Silíci

Morfologia do solo

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Segundo LEPSCH (2002), o estudo da Morfologia do Solo corresponde "ao estudo da sua aparência no meio ambiente natural e sua descrição segundo as características perceptíveis, visíveis a olho nu ou sensíveis ao tato. Portanto, corresponde à 'anatomia do solo' ". No estudo dos solos, são observadas, analisadas e classificadas diferentes características morfológicas, como: cor, textura, estrutura, consistência, espessura e transição dos horizontes.   O estudo dessas características morfológicas do solo é importante para sua compreensão, identificação e para a diferenciação dos diferentes tipos de solos existentes no mundo . Ademais, a observação e descrição em campo é de extrema importância no estudo da morfologia do solo, sendo tal estudo em campo seguido por análise das amostras em laboratório.  Fonte: LEPSCH, IGO F. Formação e Conservação dos Solos . 2ª Edição. São Paulo: Oficina de Textos, 2010. p. 35-36. Escrito por Marina Kuncevicius Pereira; Supervisão: Déborah

Minerais no solo

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O processo de formação do solo (intitulado " pedogênese ") inicia-se, justamente, a partir da ocorrência de intemperismo físico e/ou químico em uma rocha presente na crosta terrestre. Tal intemperismo desgasta e/ou decompõe essa chamada "rocha-mãe", fazendo com que os minerais que a compõem façam parte do solo que será originado a partir da ação de diversos fatores como o tempo, o clima, o relevo, a ação dos seres vivos e a disponibilidade de materiais tanto inorgânicos (como os minerais e a água) quanto orgânicos (como os restos de vegetais e animais).  Os minerais frutos da decomposição ou desagregação da rocha-mãe são intitulados " minerais primários ", sendo alguns exemplos destes: quartzos, feldspatos, calcitas, piroxênios, anfibólios, olivinas, entre outros. . Ao longo do tempo, esses minerais primários, então presentes no solo, podem sofrer intemperismo (devido à ação de agentes intempéricos como a água) e sofrer alterações em sua estrutura física

História da ciência do solo: Idade Contemporânea

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A Idade Contemporânea é um período histórico que data de 1789 (ano em que ocorreu a Revolução Francesa) até o presente. Diante do crescente aumento populacional devido aos avanços médicos e tecnológicos, tornou-se essencial compreender a origem, as características e as dinâmicas do solo, já que dele vêm, direta ou indiretamente, a maioria dos alimentos e fármacos essenciais para a humanidade.  É nesse período que o estudos dos solos começa a evoluir a partir do momento em que cientistas reconhecem o solo como um objeto de estudo cuja gênese e características (cor, textura, estrutura, consistência, porosidade, etc) só podem ser propriamente compreendidas quando estudadas no ambiente de origem. Finalmente, por volta da década de 1880, surge a ciência intitulada "Pedologia" (do grego: pedon  = solo, terra; logia = estudo).  Em 1840, o cientista Justus Von Liebig analisou amostras de solo em laboratório, visando continuar e desenvolver os estudos sobre o que fazia as plantas de

História da ciência do solo: Idade Moderna

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A Idade Moderna é um período histórico que estendeu-se desde a queda do Império Romano do Oriente em 1453 d.C; até a Revolução Francesa em 1789 d.C. Tal período destaca-se pela ocorrência do Renascimento , um movimento no qual buscou-se trazer de volta certos conceitos e noções da antiguidade clássica. Assim, durante essa época a arte, o comércio, a política, a economia e as ciências progrediram significativamente.  A Idade Moderna viu a ascensão da chamada "alquimia", ciência precursora da química. Em relação aos estudos do solo, os alquimistas da época foram responsáveis por tentar explicar o que exatamente fazia as plantas desenvolverem-se no solo. A partir desses estudos, duas teorias iniciais foram desenvolvidas : a teoria da água como "elixir da vida" no solo; e a "teoria do húmus", que afirmava que as plantas nutriam-se exclusivamente da matéria orgânica presente no solo.  Atualmente, sabe-se que o desenvolvimento das espécies vegetais depende não s

História da ciência do solo: Idade Média

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A Idade Média é o período histórico que estendeu-se desde o século V ao século XV. Nesse extenso período, diferentes partes do globo desenvolveram o uso, manejo e estudo do solo de diferentes maneiras. Na Europa , diante da importância da agricultura no sistema feudal, tornou-se essencial que os camponeses conhecessem melhor o solo da área em que viviam e trabalhavam, além de conhecerem as principais características morfológicas que tornavam tal solo fértil (ou não) para o plantio de diferentes espécies vegetais. Entretanto, como havia uma certa opressão da Igreja Católica às ciências da natureza, o desenvolvimento da ciência do solo, propriamente dita, foi limitado ao conhecimento do que tornava um solo produtivo para a agricultura de subsistência que sustentava o sistema de produção feudal.  Enquanto isso, no atual Oriente Médio, o estudo dos solos pôde avançar um pouco devido à elaboração de tratados agrícolas por diversos intelectuais da região. Tais tratados relembravam técnicas

História da ciência do solo: Idade Antiga

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No período histórico conhecido como Idade Antiga (que estende-se desde a invenção da escrita em 3.500 a.C. até a queda do Império Romano do Ocidente em 476 d. C), diversas civilizações ao redor do globo desenvolveram métodos eficazes de manejo do solo para a agricultura, além de serem os primeiros a associar solos de cor escura a maior fertilidade.  Na região conhecida como Crescente Fértil, povos como os egípcios, mesopotâmios e persas desenvolveram suas civilizações ao redor de grandes rios, compreendendo que o regime fluvial e as férteis várzeas dos rios  eram altamente benéficos à agricultura, essencial à sua subsistência.  Na antiga Europa, os romanos foram os primeiros a associar solos escuros a maior fertilidade e produtividade do solo. Atualmente, sabe-se que tal coloração se dá devido ao acúmulo de húmus no solo. Ademais, os antigos gregos desenvolveram as bases da Edafologia ao estudar a influência da morfologia do solo no desenvolvimento das plantas.  No continente americano

História da ciência do solo: Pré-História

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Nas próximas semanas, vamos aprender um pouco sobre a história do uso e do estudo do solo pela humanidade.  Hoje, falaremos sobre os solos e a humanidade durante o período conhecido como " Pré-História ", que começou com o surgimento dos primeiros hominídeos, há aproximadamente 2,5 milhões de anos, e terminou diante da invenção da escrita, por volta de 3.500 a.C. Esse período é subdividido em três: paleolítico, neolítico e idade dos metais.  No período Paleolítico, o homem levava um estilo de vida nômade, não possuindo um local fixo de vivência e sustentando-se majoritariamente da caça de animais. Dessa forma, o solo era visto apenas como o chão sobre o qual o homem e sua caça deslocavam-se. Além disso, o solo providenciava os pigmentos que constituíam as tintas usadas nas pinturas rupestres. No período seguinte, intitulado Neolítico, o homem sedentarizou-se, passando a viver em um local fixo e ali desenvolvendo sua subsistência e comunidade. Nesse cenário, o homem deu iníc

Importância das minhocas para o solo

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  As minhocas são animais que exercem atividades essenciais para a manutenção do solo , como a decomposição da matéria orgânica e consequente produção de húmus, além da criação de canais e túneis subterrâneos que aumentam a porosidade do solo, auxiliando na entrada de água, ar e nutrientes, assim como na penetração das raízes vegetais no solo.  Fonte: LABENZ, A. T. Earthworm Actively Increases Soil Health . United States Department of Agriculture; Kansas Natural Resources Conservation Service. Disponível em: https://www.nrcs.usda.gov/wps/portal/nrcs/detail/ks/newsroom/features/?cid=stelprdb1242736#:~:text=Perhaps%20no%20other%20living%20organism,major%20decomposers%20of%20organic%20matter. Acesso em 03 de Abril de 2022.  OPPERMAN, Álvaro. Qual a utilidade das minhocas? Super Interessante, 2017. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/qual-e-a-utilidade-das-minhocas/ . Acesso em 03 de Abril de 2022.  Escrito por Marina Kuncevicius Pereira; Supervisão: Déborah de Oliveira 2022.

O que é "pedogênese"?

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Pedogênese é o nome dado ao processo de formação dos solos.  Tal processo inicia-se com a decomposição química e/ou desgaste físico de uma rocha. À medida em que tal rocha é intemperizada, quantidades variadas de matéria orgânica vão sendo adicionadas ao produto desse intemperismo, em um lento e complexo processo que vai originando os chamados " horizontes do solo "; sendo estes, camadas classificadas, organizadas e diferenciadas por uma série de aspectos específicos.  Há cinco fatores essenciais para a formação dos solos: clima, tempo, relevo, material de origem e ação de organismos. Esses fatores agem conjuntamente para formar os diferentes tipos de solo existentes.  Ainda assim, é importante ressaltar que as condições geográficas, geológicas e biológicas específicas de uma região podem influenciar no nível de atividade e participação de cada um desses fatores no processo pedogenético , tal fato é responsável pelos diferentes tipos de solo existentes ao redor do planeta Te

Poluição do Solo: agrotóxicos

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Hoje, vamos aprender um pouco sobre a poluição do solo devido ao uso de agrotóxicos. Ocasionalmente chamados de "defensivos agrícolas", tais compostos químicos são utilizados atualmente na agricultura como pesticidas, porém, diversos estudos vêm mostrando que o uso de agrotóxicos pode desencadear na contaminação do solo e, consequentemente, de fontes de água subterrânea.  Essa contaminação do solo pelos agrotóxicos é perigosa pois afeta não só a fertilidade e produtividade do solo, mas também, afeta suas dinâmica física e química. A alteração das estruturas e dinâmicas do solo pode levar à morte de diversas espécies animais e vegetais.  Além disso, reitera-se que o uso de agrotóxicos em plantações e cultivos destinados à alimentação pode ser muito perigoso para a saúde humana . Segundo dados da OMS - Organização Mundial de Saúde, a ingestão de alimentos contaminados por agrotóxicos está ligada ao desenvolvimento de diversas doenças respiratórias e cardíacas.  Assim, a princi