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Mostrando postagens de julho, 2022

História da ciência do solo: Idade Contemporânea

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A Idade Contemporânea é um período histórico que data de 1789 (ano em que ocorreu a Revolução Francesa) até o presente. Diante do crescente aumento populacional devido aos avanços médicos e tecnológicos, tornou-se essencial compreender a origem, as características e as dinâmicas do solo, já que dele vêm, direta ou indiretamente, a maioria dos alimentos e fármacos essenciais para a humanidade.  É nesse período que o estudos dos solos começa a evoluir a partir do momento em que cientistas reconhecem o solo como um objeto de estudo cuja gênese e características (cor, textura, estrutura, consistência, porosidade, etc) só podem ser propriamente compreendidas quando estudadas no ambiente de origem. Finalmente, por volta da década de 1880, surge a ciência intitulada "Pedologia" (do grego: pedon  = solo, terra; logia = estudo).  Em 1840, o cientista Justus Von Liebig analisou amostras de solo em laboratório, visando continuar e desenvolver os estudos sobre o que fazia as plantas de

História da ciência do solo: Idade Moderna

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A Idade Moderna é um período histórico que estendeu-se desde a queda do Império Romano do Oriente em 1453 d.C; até a Revolução Francesa em 1789 d.C. Tal período destaca-se pela ocorrência do Renascimento , um movimento no qual buscou-se trazer de volta certos conceitos e noções da antiguidade clássica. Assim, durante essa época a arte, o comércio, a política, a economia e as ciências progrediram significativamente.  A Idade Moderna viu a ascensão da chamada "alquimia", ciência precursora da química. Em relação aos estudos do solo, os alquimistas da época foram responsáveis por tentar explicar o que exatamente fazia as plantas desenvolverem-se no solo. A partir desses estudos, duas teorias iniciais foram desenvolvidas : a teoria da água como "elixir da vida" no solo; e a "teoria do húmus", que afirmava que as plantas nutriam-se exclusivamente da matéria orgânica presente no solo.  Atualmente, sabe-se que o desenvolvimento das espécies vegetais depende não s

História da ciência do solo: Idade Média

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A Idade Média é o período histórico que estendeu-se desde o século V ao século XV. Nesse extenso período, diferentes partes do globo desenvolveram o uso, manejo e estudo do solo de diferentes maneiras. Na Europa , diante da importância da agricultura no sistema feudal, tornou-se essencial que os camponeses conhecessem melhor o solo da área em que viviam e trabalhavam, além de conhecerem as principais características morfológicas que tornavam tal solo fértil (ou não) para o plantio de diferentes espécies vegetais. Entretanto, como havia uma certa opressão da Igreja Católica às ciências da natureza, o desenvolvimento da ciência do solo, propriamente dita, foi limitado ao conhecimento do que tornava um solo produtivo para a agricultura de subsistência que sustentava o sistema de produção feudal.  Enquanto isso, no atual Oriente Médio, o estudo dos solos pôde avançar um pouco devido à elaboração de tratados agrícolas por diversos intelectuais da região. Tais tratados relembravam técnicas

História da ciência do solo: Idade Antiga

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No período histórico conhecido como Idade Antiga (que estende-se desde a invenção da escrita em 3.500 a.C. até a queda do Império Romano do Ocidente em 476 d. C), diversas civilizações ao redor do globo desenvolveram métodos eficazes de manejo do solo para a agricultura, além de serem os primeiros a associar solos de cor escura a maior fertilidade.  Na região conhecida como Crescente Fértil, povos como os egípcios, mesopotâmios e persas desenvolveram suas civilizações ao redor de grandes rios, compreendendo que o regime fluvial e as férteis várzeas dos rios  eram altamente benéficos à agricultura, essencial à sua subsistência.  Na antiga Europa, os romanos foram os primeiros a associar solos escuros a maior fertilidade e produtividade do solo. Atualmente, sabe-se que tal coloração se dá devido ao acúmulo de húmus no solo. Ademais, os antigos gregos desenvolveram as bases da Edafologia ao estudar a influência da morfologia do solo no desenvolvimento das plantas.  No continente americano