Solo produtor de energia
Materiais:
- 3 recipientes plásticos
- Solo úmido
- 4 fios com pontas tipo jacaré
- 3 pregos galvanizados (zinco)
- 3 moedas de 5 centavos (cobre)
- Um relógio digital pequeno ou voltímetro
Procedimento:
Distribua
bastante solo em cada um dos três potes, em seguida, coloque um prego e
uma moeda, bem separados em cada um dos potes de forma intercalada, se
possível lixe os eletrodos (prego e moeda).
Fatores de discussão:
Partindo
de um solo genérico, cerca de 45% é constituído de minerais, 25% de
água, 25% de ar atmosférico e 5% de matéria orgânica. Esses metais
aparecem no solo de forma iônica (vide troca iônica capítulo 8 do
Brady), isso acontece por causa da água, caracterizando uma espécie de
solução.
Sendo
assim, podemos classificar o solo como um condutor eletrolítico que são
soluções de ácidos, bases ou sais contidos na água. Os íons tanto
positivos chamados de cátions (Ag+ , Mg2+ , Fe3+ são exemplos), quanto os negativo chamados de ânions (HPO32- ,Cl- , NO3-
são exemplos) vão transportar as cargas e percorrerão sentidos opostos,
esses movimentos da dissolução iônica dos compostos que é a formadora
da corrente elétrica, íons positivos indo para o polo negativo e íons
negativos indo para o polo positivo.
Portanto, ao realizar esse experimento é como se tivéssemos fazendo uma famosa pilha de Daniels, pois há os íons Zn2+ e Cu2+
no solo, os outros íons figuram como uma espécie de ponte salina e os
metais 0 (zero), ou seja, na forma não iônica, são os respectivos ânodo e
cátodo da reação.
Dois
metais diferentes mergulhados em uma solução (condutor eletrolítico)
produzem uma corrente graças a Diferença de Potencial (DDP), cada metal
tem um potencial tabelado em que o hidrogênio é o padrão. Essa é uma
clássica reação de oxirredução, Zn0 oxida para Zn2+ (polo negativo, ânodo) e o Cu2+ reduz para Cu0 (polo positivo, cátodo).
Semi-reações:
Uma célula dessa já é o suficiente para gerar eletricidade, em torno de 1V pois:
Cu2+ (aq) + 2e- → Cu (s) +0,34
ΔE° = 0,34 - (-0,76) = 1V
Mas
no procedimento recomendamos três célula em série, isso na verdade,
aumenta as tensões, que são somadas. Logo o que seria 1V com um pote,
com três potes teremos uma pilha de 3V. Observação importante é a
intercalação dos eletrodos pois a não intercalação diminuirá a tensão da
pilha, é como se o potencial do eletrodo não intercalado subtraísse no potencial
total da pilha.
Material produzido por:
Adriano Paulo Aparecido Pereira de Oliveira
Aluno PUB do Instituto de Química da Universidade de São Paulo
Referências:
BRADY, N.C.; WEIL, R.R. Elementos da natureza e propriedades dos solos. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
ATKINS,
Peter W.; JONES, Loretta. Princípios de Química: questionando a vida
moderna o meio ambiente. 3 ed. Guanabara Koogan, 2006.
J. C. Kotz, P. M. Treichel, G. C. Weaver, Química Geral e Reações Químicas, 6a ed., trad. F. M. Vichi, S. A. Visconte, Cengage Learning, São Paulo, 2010.
A. Burrows, J. Holman, A. Parsons, G. Pilling, G. Price, Química3, Introdução à química inorgânica, orgânica e físico-química, trad. E. C. da Silva, J. C. Afonso, M. A. F. Faria, O. E. Barcia, LTC, Rio de Janeiro, 2012, vols. 1 e 2.
Tabela de Potenciais-Padrão de Redução IQ / UFRJ link: http://www.dqi.iq.ufrj.br/tabela_de_potenciais.pdf Acesso em: dez. 2017.
Feira de Ciências link: http://www.feiradeciencias.com.br/sala12/12_23.asp Acesso em: dez. 2017.
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